ABIMDE
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) participou do II Seminário de Financiamentos, Investimentos, Seguros e Garantias à Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), realizado nos dias 7 e 8 de outubro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. O evento, promovido pelo Ministério da Defesa e pela Fiesp, reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor de defesa.
No segundo dia do evento, o Presidente-Executivo da ABIMDE, Tenente-Brigadeiro R1 José Augusto Crepaldi Affonso, moderou o painel “Principais Problemas Apresentados pelas Empresas na Obtenção de Financiamentos e Garantias”. Como debatedores participaram Lívia dos Reis José, Superintendente da Área de Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Luiz Eduardo Legaspe, Diretor de Garantias da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF); e Sérgio Humberto Virgílio Vieira Margutti, Diretor da Agência de Financiamento à Exportação do Banco Santander Brasil. Raquel Rezende Abdala, Subsecretária de Crédito à Exportação (SUCEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, integrou-se ao grupo por videoconferência.
Neste painel foram discutidos os principais obstáculos enfrentados pelas empresas da Base Industrial de Defesa e Segurança para acessar financiamentos e garantias, incluindo questões burocráticas, requisitos e limitações de mercado. Os palestrantes apresentaram suas perspectivas sobre as dificuldades mais comuns, bem como possíveis soluções e iniciativas para superar esses desafios.
Na abertura, o Tenente-Brigadeiro Crepaldi destacou a relevância das garantias e financiamentos para o setor: “A questão de garantias e financiamento é um ativo estratégico para a indústria de defesa no Brasil. Praticamente todos os contratos demandam algum tipo de garantia, seja no mercado doméstico ou internacional.”
Ele acrescentou que o apoio do Estado é determinante para o desenvolvimento da BIDS e que a análise de risco deve considerar critérios específicos: “Sem o apoio do Estado, não é possível sustentar a indústria de defesa no país. A análise de risco para este setor deve ter uma lógica diferente da aplicada ao mercado em geral.”
Em seguida, Lívia dos Reis José detalhou as linhas de crédito do BNDES voltadas à Base Industrial de Defesa, abordando o apoio à exportação e ao desenvolvimento produtivo. Segundo ela, nos últimos anos o banco realizou operações de financiamento à exportação do setor de defesa no valor de US$ 440 milhões e vem aprimorando produtos e normativos para atender às necessidades das empresas.
Luiz Eduardo Legaspe apresentou dados sobre o uso de fundos garantidores pela ABGF, destacando que a instituição apoiou operações do setor no valor de US$ 5 a 6 bilhões desde seu início, com crescimento de 30% em 2022 e sem registros de sinistros.
Sérgio Humberto Virgílio Vieira Margutti abordou a experiência do Santander em operações nacionais e internacionais, ressaltando critérios de elegibilidade e parcerias com instituições públicas para viabilizar estruturas de financiamento e reduzir riscos.
Por fim, Raquel Rezende Abdala apresentou informações sobre o papel da SUCEX na facilitação do crédito à exportação, detalhando ajustes em programas e produtos voltados a ampliar o acesso das empresas do setor a garantias e financiamentos no comércio internacional.
O seminário prosseguiu com a participação de representantes da indústria, do governo e do setor financeiro, abordando programas governamentais, governança e apoio à exportação, reunindo informações sobre soluções disponíveis e desafios enfrentados pelas empresas da BIDS.
Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
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