ABIMDE
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) esteve presente, ontem (1º), no II Simpósio de Intendência em Campanha, realizado na Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), no Rio de Janeiro. O encontro foi promovido para debater formas de aprimorar o suporte logístico desdobrável da Força Aérea Brasileira (FAB) em operações de combate.
Na ocasião, a ABIMDE foi representada por seu Presidente-Executivo, Tenente-Brigadeiro do Ar R1 José Augusto Crepaldi Affonso, que ministrou a palestra “Desafios da Base Industrial de Defesa e Segurança”.
A apresentação teve início com referências a notícias nacionais, internacionais e da indústria mundial que afetam diretamente as empresas brasileiras, como a elevação tarifária de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, a ameaça de paralisação do programa Fragatas Tamandaré, além de tendências e desafios observados em mercados de defesa pelo mundo.
A ABIMDE destacou que a Base Industrial de Defesa (BID), conforme definida no Decreto nº 11.169/2022, reúne empresas, organizações civis e militares e entidades estatais que atuam em pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de bens, serviços, sistemas e produtos de interesse da defesa nacional. Durante a palestra, foram apontados os principais desafios à sua consolidação, entre eles restrições tecnológicas, riscos industriais e financeiros, orçamentos reduzidos, práticas comerciais desleais e a ausência de continuidade em projetos contratados.
A entidade também apresentou um panorama de suas associadas, que somam mais de 240 empresas do setor de Defesa, Segurança e Aeroespacial, entre elas: Embraer, CBC, Taurus, IMBEL, Akaer, Nitroquímica, AEGIS e Algemas Brasil. O Presidente-Executivo falou ainda sobre a importância do uso do Termo de Licitação Especial (TLE), previsto na Lei 12.598/2012.
O Tenente-Brigadeiro Crepaldi também destacou os impactos de legislações internacionais como o ITAR (International Traffic in Arms Regulations), que regula a exportação de artigos e serviços de defesa pelos Estados Unidos, e o EAR (Export Administration Regulations), voltado a bens e tecnologias de uso dual. Essas normas possuem alcance extraterritorial e afetam empresas de todo o mundo que utilizem componentes de origem norte-americana.
“Consolidar uma Base Industrial de Defesa forte e sustentável significa assegurar autonomia tecnológica, preservar capacidades críticas e garantir que nossas Forças Armadas disponham dos meios necessários para cumprir suas missões com eficiência e independência”, concluiu.
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