ABIMDE
O Exército Brasileiro deve receber em setembro as 50 viaturas blindadas transferidas pelo Exército dos EUA. São 34 carros do modelo M577 A2, 12 carros do modelo M113 A2 e ainda quatro tanques blindados de socorro M88 A1. Os blindados irão mobiliar unidades da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, em Ponta Grossa, PR, e da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, em Santa Maria, RS. “A chegada dos veículos agregará maior poder de combate à nossa Força Terrestre”, afirmou o Centro de Comunicação Social do Exército. Ambas unidades estão subordinadas ao Comando Militar do Sul, que possui 75% dos meios mecanizados da Força Terrestre.
Periodicamente, o Exército americano desativa parte de seus equipamentos de defesa considerados como excedentes e propõe a transferência do material a nações parceiras. O Comando Sul dos EUA informou que as viaturas foram processados no âmbito do programa de subvenção Artigos de Defesa em Excesso, enquanto a transferência será executada através de um caso de vendas militares estrangeiras”.
As viaturas de guerra que vão equipar o Exército brasileiro têm em média 30 anos de uso, mas estão em “novas”, segundo autoridades consultadas, que informou ainda que os equipamentos não irão passar por nenhum processo de modernização antes de serem colocados em operação no Brasil. Também não será necessária troca de peças.
Os veículos foram transferidos de dois depósitos militares – o Anniston Army Depot, no estado do Alabama; e o Sierra Army Depot, localizado no estado da Califórnia – para o porto de Nova York, de onde serão enviados ao Brasil por navio. A embarcação irá aportar em Paranaguá, PR.
A negociação entre Brasil e Estados Unidos foi fechada em dezembro de 2015. Os custos de transporte dos blindados e de inspeção de desembarque são de responsabilidade do Exército brasileiro e estão orçados em cerca de R$ 2 milhões. O investimento é feito por meio do Projeto Estratégico Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP), cujo objetivo é dotar as unidades operacionais do Exército com material de emprego militar, para atender as demandas de defesa do país.
No relatório, a agência diz que a J&F já colocou à venda linhas de transmissão de energia e a Vigor Alimentos e estuda se desfazer ainda de Eldorado (celulose), Alpargatas (dona das Havaianas) e Flora (higiene e limpeza).
O mandato para vender a Vigor e as linhas de transmissão foi concedido ao Bradesco BBI e ao Santander, dois dos maiores credores do grupo, informa a Folha de S.Paulo.
Até então, a empresa vinha negando que estivesse vendendo ativos.
Nesta quarta-feira (14), a S&P rebaixou a classificação de risco da J&F e de suas controladas JBS (proteína animal) e Eldorado.
A agência relatou preocupação com o impacto nos negócios da delação premiada dos donos do grupo, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que confessaram um amplo esquema de pagamento de propina a políticos.
" data-medium-file="" data-large-file="" />OPERACIONALIDADE
As viaturas M577 A2 são novidade dentro da frota do Exército brasileiro. Elas são derivadas das viaturas M113 A2, estas, sim, já utilizadas pela Força Terrestre nacional e também pela Marinha. Desde 2010, exemplares de blindados M113 operados pelo Corpo de Fuzileiros Navais são empregados em ações urbanas contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
Tanto as viaturas M113 A2 quanto suas derivações foram criadas pela indústria de defesa norte-americana. Os modelos foram desenvolvidos para “para realizar o transporte de um grupo de combate de arma-base – Infantaria e Cavalaria – em organizações militares blindadas”, segundo divulgado pelo Exército.
Os blindados M113 A2 e os M577 A2 têm design parecido, mas estes últimos dispõem de lay out interno adaptado, com teto mais alto, permitindo acomodar melhor os militares internamente.
Além disso, as viaturas M577 A2 contam com um sistema de comunicação para fazer contato com outros carros no terreno e também com outras redes de comunicação, o que as caracterizam como veículos de posto de comando. Já as viaturas M113 A2 são mais utilizadas para o transporte de pessoas, tendo capacidade anfíbia em pequenos cursos de água e grande capacidade de deslocamento em estradas em alta velocidade.
Quanto aos tanques M88 A1, estes são blindados pesados, usados para recuperação e reboque de veículos. “Esses tanques de socorro são destinados a dar suporte à atividade de manutenção a tropas blindadas quando desdobradas em campanha”. A versão M88 A1 também é novidade na frota militar brasileira.
Todos os novos veículos que estão prestes a serem integrados à frota do Exército brasileiro serão empregados no suporte a operações de grandes unidades militares blindadas, tanto em ações ofensiva, quanto defensivas.
BRASIL E EUA
Acordos de transferência de equipamentos militares entre os Estados Unidos e o Brasil já existem desde o início da década de 50, período posterior ao fim da 2º Guerra Mundial. As primeiras viaturas blindadas de transporte pessoal M113 utilizadas pelo Exército brasileiro foram fruto de um acordo como esse, na década de 1960. Nos anos que se seguiram, a força terrestre recebeu também viaturas blindadas de combate M41, entre tantos outros modelos, conforme citou o Exército.
Desde 2012, as transações entre os Estados Unidos e o Brasil, especificamente no que tange a viaturas blindadas cessadas ao Exército brasileiro, são custeadas pelo Projeto Estratégico OCOP, incluindo aí não só os investimentos com transporte, mas também com a modernização e a revitalização dos equipamentos.
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